Proteção

DNIT monitora atropelamento de animais no Contorno de Pelotas

A espécie mais atropelada neste trecho em seis anos é o pomba-de-bando (Zenaida auriculata) com 133 aves

Divulgação -

Concomitante ao início da duplicação do primeiro lote do contrato da BR-116/392, trecho de 23,7 quilômetros de extensão chamado de Contorno de Pelotas, a unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) monitora o índice de atropelamento de fauna. Ao longo de seis anos, 910 animais foram contabilizados e mais da metade são aves, somando 543. A espécie mais atropelada neste trecho também pertence a este grupo, sendo a pomba-de-bando (Zenaida auriculata) com 133.

Desde setembro de 2012 as campanhas ocorrem a cada dois meses. Do dia 17 a 21 de dezembro, mais um monitoramento está sendo realizado. Desde o segundo semestre deste ano, o monitoramento tem sido realizado com o apoio de uma nova ferramenta. O Programa de Levantamento, Mitigação e Monitoramento dos Atropelamentos de Fauna é um dos 18 Programas Ambientais previstos para serem desenvolvidos neste empreendimento para quantificar a mortalidade de animais silvestres e identificar os locais críticos, podendo propor medidas de mitigação. Por meio da observação veicular, uma equipe da Gestão Ambiental da BR-116/392 percorre o trecho.

Com o intuito de facilitar o registro das campanhas, os técnicos da Gestão Ambiental da BR-116/392 tem utilizado em campo um aplicativo acessado pelo celular chamado Produttivo. “Aplicamos esse método deste o segundo semestre deste ano para substituir as planilhas, otimizar nosso trabalho e ajudar na coleta de dados”, afirmou o biólogo Andrews Duarte. Com o aplicativo é possível tirar fotografias, coletar coordenadas e gerar relatórios, diminuindo o risco de perda de informações e possíveis erros de transcrição. Outro benefício é a redução da geração de lixo pela impressão de planilhas.

Grãos x atropelamento de aves
Um dos principais motivos de atropelamento de aves pode estar relacionado ao desperdício de grãos nos acostamentos das rodovias, o que acaba atraindo o grupo para estes locais. No Contorno de Pelotas uma estimativa de mortalidade feita a partir do programa Siriema mostra que 712 aves são atropeladas neste trecho anualmente. O segmento mais crítico é do quilômetro 521 ao 518 da BR-116, entre os viadutos da Avenida 25 de Julho e do Sítio Floresta.

O ecólogo e especialista em monitoramento de aves, Felipe Castro Bonow, destaca que é importante trabalhar esta questão junto à cada atividade logística, principalmente atrelada ao transporte inadequado da safra. “Além do prejuízo econômico da perda da colheita nas rodovias, acaba se criando também um ambiente propício para a presença de aves que se alimentam destes grãos e ficam mais vulneráveis ao atropelamento”, explicou. Dos 42 animais registrados na última campanha, 30 eram aves.

 

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